Distúrbios Alimentares

Seu apoio salva vidas

Distúrbios alimentares são doenças normalmente originadas de transtornos mentais. Assim, por conta de tais transtornos, o indivíduo desenvolve hábitos alimentares que causam um impacto negativo à sua saúde física e mental. Geralmente, tais doenças são mais recorrentes em meninas adolescentes, pois elas passam por uma fase de mudanças corporais e sociais. Dentre esses distúrbios estão a anorexia e a bulimia. 

Os principais sintomas da anorexia são a preocupação constante com a imagem corporal, dietas frequentes, a falta de ingestão de comida, o uso de remédios para emagrecer, a excessiva exercitação. O paciente de anorexia, por exemplo, distorce a imagem de seu corpo ao espelho, muitas vezes pensando estar mais acima do peso do que  realmente está. Por sua vez, o paciente de bulimia se força a vomitar logo após uma refeição, para eliminar o alimento comido. Ambos transtornos são caracterizados por uma insatisfação com o corpo diretamente ligada a problemas psicológicos.

Uma grande quantidade de adolescentes sofre desses distúrbios devido ao período de mudanças típicas  dessa fase. Muitas meninas têm dificuldade de aceitar a nova imagem de seus corpos e são facilmente influenciadas por um padrão de beleza de constante emagrecimento. É imprescindível notar que esses distúrbios são doenças que, muitas vezes, não podem ser tratadas somente pelos pacientes, que, frequentemente, nem notam que são vítimas de tais doenças. Por isso, o apoio de familiares e de amigos desempenha um papel fundamental na recuperação dos afetados por transtornos alimentares. 

É muito importante que a escola tome providências para que essas doenças não sejam um tabu, para que elas não sejam estigmatizadas como uma má escolha, impulsionada pelas insegurança e rebeldia da adolescência. Assim, alunos e professores podem conversar sobre como elas são geradas, como podem ser percebidas, como devem ser tratadas. Na Graded, temos duas profissionais que estão sempre disponíveis para falar sobre o assunto. Primeiramente, temos Ms. Jen Kantor, uma das “High School Guidance Counselors”. Também temos  phD Shormila Roy, nossa professora de Saúde e Ciências Ambientais no High School. 

Durante uma entrevista com essas profissionais, perguntamos como elas definiriam distúrbios alimentares. Ms. Kantor afirmou: “É um distúrbio mental definido por hábitos alimentares anormais que afetam negativamente a saúde física ou mental de uma pessoa”. Ms. Roy adicionou que é um “distúrbio que envolve uma preocupação prejudicial sobre o peso, forma e / ou imagem corporal”. Perguntamos, também, o que elas relacionavam à causa dessas doenças e as duas responderam que a causa não é completamente entendida, mas que existem fatores de risco associados. Ms. Roy mencionou que “pesquisas sugerem que uma combinação de fatores genéticos, biológicos, comportamentais, psicológicos e sociais podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver um distúrbio alimentar”.

As duas enfatizaram a importância da educação sobre esses distúrbios para crianças em sua pré-adolescência. Ms. Roy ainda ressaltou que é importante educar e incentivar crianças mais novas a terem uma imagem mais positiva de seus corpos e terem confiança em si mesmas. Na medida em que elas ficam mais velhas, “elas podem aprender sobre os sinais e sintomas de um distúrbio alimentar, para ajudar a reconhecer essas situações em si, ou em alguém próximo a elas, a fim de procurar ajuda”. Ms. Kantor também explicou que, na medida em que adolescentes aprendem mais sobre o assunto, eles conseguem entender e decidir como cuidar da sua saúde. 

Outro aspecto muito importante é entender que distúrbios alimentares são causados por uma combinação de fatores. Como Ms. Roy ressaltou, “os distúrbios alimentares não são apenas sobre os alimentos que a pessoa pode ou não comer, mas também sobre outros aspectos de sua vida, com os quais eles (pacientes) também estão tendo problemas (mudança, divórcio, mudanças nas famílias / amigos / namoro, mudanças na auto-estima, medo de ser gordo ou não aceito, sentimentos de inadequação, sentimentos de falta de controle, condições de saúde mental como depressão e ansiedade, passar pela solidão ou problemas com relacionamentos)”.

Além disso, ambas disseram que adolescentes não conseguem prevenir-se sozinhos desses distúrbios. Por isso, como Ms. Kantor mencionou, o apoio de amigos e da família contribui para que um adolescente se previna de desenvolver tais doenças. De acordo com ela,  “os pais e / ou responsáveis ​​podem ajudar, mantendo uma comunicação saudável, aberta e honesta sobre nutrição e positividade do corpo. Pais e professores podem se associar aos jovens para ajudar a reduzir a quantidade de mídia que os jovens recebem”. Comportamentos como comer significantemente pouco, rejeitar refeições constantemente e, frequentemente, reclamar sobre seu corpo podem indicar sintomas de anorexia. Além disso, é importante notar comportamentos como ir ao banheiro logo após de uma refeição e fazer dietas extremas. Se você desconfiar que sua amiga tenha um problema, converse com ela. Demonstre que você sempre estará lá por ela e a encoraje a procurar um profissional que possa ajudá-la na reabilitação.

Também precisamos entender que distúrbios alimentares são doenças de extrema urgência. Como Ms. Roy afirmou, “os distúrbios alimentares são condições graves, principalmente se não forem tratados. É uma das principais causas de morte entre os adolescentes e, sem tratamento, um indivíduo pode experimentar problemas de saúde ao longo da vida”. Por isso, é muito importante o apoio de familiares e amigos acontecer. Estes também precisam prestar atenção nos sintomas de seus amigos para poder ajudá-los nesse momento. Ms. Roy recomenda “definitivamente fale por você ou para alguém que você conhece. Às vezes, um indivíduo pode não perceber que está sofrendo de um distúrbio alimentar; e um membro da comunidade preocupado pode ajudar a nos alertar, para poder alcançá-lo e ajudá-lo”.

Nessas mesmas entrevistas, essas profissionais enfatizaram o avanço da Graded na conscientização de distúrbios alimentares, mas também identificaram maneiras de ampliar o seu alcance. Como afirmado por Ms. Roy, a Graded poderia “promover mais conversas positivas sobre imagens corporais em diversas disciplinas”. Esse incentivo, inclusive, está categorizado como essencial para diminuir a propagação da doença, identificado como parte dos fatores sócio-culturais que aumentam o risco do indivíduo sofrer de um distúrbio alimentar. Assim, para que a conscientização cause uma diminuição no progresso dessas doenças, a Graded deve incentivar conversas “positivas sobre imagens corporais” para desencorajar que a imagem negativa da menina de seu corpo, sintoma principal das anorexia e bulimia, predomine. 

O apoio da escola, da família, dos amigos e de responsáveis é imprescindível para que essas doenças sejam curadas. O seu apoio tem o potencial de salvar vidas. Então, preste atenção e ajude aqueles que sofrem dos males dos distúrbios alimentares.

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